quinta-feira, maio 25, 2006

Beber sem o peso da ressaca * * * * *

Álcool - ‘Fórmula’ usada pelos espiões russos em Portugal As dores de cabeça são implacáveis, o mal-estar intenso e o estômago mostra-se pouco sereno para quem se deixa levar pelo entusiasmo de um copo seguido de outro. Para combater a ressaca está a partir desta semana à venda nas farmácias a ‘fórmula secreta’ dos espiões russos: dá pelo nome de KGB e é apresentado por especialistas como “o único medicamento natural eficaz contra os sintomas da bebedeira”. Ver mais em: http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=202582&idCanal=10

27 comentários:

Anónimo disse...

Só quero que me expliquem uma coisa:

- Antes da bubadeira, tudo bem um gajo ainda se lembra de tomar os 3 comp. vermelhos, mas e depois de estar bebado quem é que me lembra de tomar os outros 3 compr. pretos.

Alguêm me sabe explicar isso...

Anónimo disse...

Quantas toneladas de comprimidos já encomendaram?
"Leal Confraria do Bom Comer, do Bom Beber (muito) e do KGB"!!!!

Confrade Patas disse...

Venho informar que, estamos a elaborar um contrato com a empresa produtora desde medicamento para sermos os distribuidores oficiais no país...

Portanto, e se o negócio sempre se concretizar, logo nos contactas para adquirires algumas caixas que de certeza tb te darão um jeitaço.

Anónimo disse...

Para as ilhas e especialmente para os Açores, deviamos pedir à empresa para alterar a formula, pois esta não deve conseguir os resultados esperados... e não é por causa dos americanos...

Anónimo disse...

Oi, oi! Quem se atreve a, sob capa do aninimato, atacar o cidadão sambrasense que se encontra deslocado, por motivos laborais, na Região Autónoma dos Açores? Ãh, ãh!
Não sei se é desta terra que estão a falar, mas cá vai:

Praia da Vitória (cidade)

Sede da capitania da Terceira nos primeiros anos do povoamento (nela se instalou, Jácome de Bruges primeiro Capitão Donatário, da ilha e como tal a sua primeira capita1) o «lugar da Praia» (como simplesmente era então conhecido) foi feito Vila em 1480, ainda no tempo de Álvaro Martins Homem.
Por Carta Régia de 12 de Janeiro de 1837, foi-lhe concedido o titulo de «Muito Notável Vila da Praia da Vitória» corno apreço pela extraordinária vitória das tropas liberais (pelas quais tomou partido) contra a esquadra absolutista, em 11 de Agosto de 1829 «Foi na bahia grande e larga da muito notável vila da Praia da Vitória que se travou o ataque decisivo da campanha liberal nesse célebre dia 11 d’Agosto de 1829, derrotando nas suas águas a poderosa e arrogante esquadra miguelista, composta por 22 vasos de guerra» cf. Gervásio Lima, ir PATRIA AÇOREANA, 1989. pág. 78.
O Padre Jerónimo Emiliano de Andrade, que viveu em meados do século XIX refere: «Apenas o viajante sai da freguesia do Cabo da Praia tem logo à vista a magnífica e majestosa Vila da Praia da Vitória, que lhe fica m distância de pouco mais de um quarto de légua. (...)
O seu centro histórico apresenta casas seculares, com curiosos talos de pedra e interessantes janelas e varandas, bem como um notável património arquitectónico.
Implantada junto da maior baía dos Açores, onde hoje existe um excelente Porto Oceânico bem como o Parque Industrial da ilha, é ainda testemunha do desenvolvimento que a seu lado se processa decorrente de importantes instalações aeronáuticas e militares sediadas na Base das Lajes - importante centro estratégico nos últimos conflitos mundiais - desempenha assim importante papel na economia da região.
A Praia da Vitória deu à Terceira e ao país um dos seus mais notáveis escritores, Vitorino Nemésio, que deixou títulos como «Mau Tempo no Canal», «Festa Redonda», «Paço do Milhafre», entre outros.

Anónimo disse...

O comentário anterior foi colocado por Um Gajo Qualquer!

Anónimo disse...

...mas se o comprimido fosse verde não tinha nada que enganar.......

Anónimo disse...

Para o cabrão que falou nos Açores, ele que se preocupe é com as emurroidas do cú dele!

Anónimo disse...

Tb se pode mandar alterar a formula, para dar uma ajuda a pessoas com esses problemas de saude.

Anónimo disse...

Deviam era de arranjar uns compridos pras mulheres... pros dias em que ficam chatas, impertinemtes e comichosas... Era um bem necessário social e mundialmente para o bem estar e harmonia, não vos parece?

ASS: 666

Anónimo disse...

A Manhã fresca está, sereno o vento,
O monte verde, o rio transparente,
O bosque ameno; e o prado florescente
Fragâncias exalando cento a cento.

O Peixe, a Ave, o Bruto, o branco Armento,
Tudo se alegra; e até sair a gente
Dos rústicos casais se vê contente,
E discorrer com vário movimento.

Este cava, outro ceifa e aquele o gado
Traz no campo a pastar de posto em posto;
Outro pega na fouce, outro no arado.

Tudo alegre se mostra: e só disposto
Tem contra mim o indispensável fado,
Que em nada encontre alívio, em nada gosto.

(Abade de Jazente)

Anónimo disse...

Meditei e verifiquei que andas perdido na vida ó anónimo poeta... É só essa a opinião que queres partilhar connosco??

Anónimo disse...

Deixa-o/a lá porque quem escreve assim não é gago...

Anónimo disse...

Eu acho que alguém se enganou nos comprimidos...

Anónimo disse...

Cá vai mais um poema, desta feita de um meu concorrente (de reconhecida qualidade), Manuel Maria Barbosa du Bocage:
A   A G U A
> > > >           *.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*

Meus senhores eu sou a água      que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.

Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da rasca
tira o cheiro a bacalhau da lasca
que bebe o homem que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão

Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho

Meus senhores aqui está a água
que rega as rosas e os manjericos
que lava o bidé, lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber às fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e lava a boca depois de um broche.

Que me dizem desta preciosidade poética?

Anónimo disse...

Tu deves querer mel, ó minha abelhinha!!!!

Muito bem...

Anónimo disse...

Deves querer mostarda, ó meu cachorro quente!!!!

guerero disse...

É uma preciosidade já com muitos anos mas que continua actual, as coisas quando tem qualidade são assim.

Queres agua minha barragem.

Anónimo disse...

Queresa leite, oh minha embalagem tetra pack?!
UGQq

Anónimo disse...

O que este nobre poeta quer mesmo é um contentor de "KGB" de graça, com tanta poesia que aqui vai...Bom estratagema! Dou a mão à palmatória....

Anónimo disse...

Vida

Choveu! E logo da terra humosa
Irrompe o campo das liliáceas.
Foi bem fecunda, a estação pluviosa!
Que vigor no campo das liliáceas!

Calquem. Recalquem, não o afogam.
Deixem. Não calquem. Que tudo invadam.
Não as extinguem. Porque as degradam?
Para que as calcam? Não as afogam.

Olhem o fogo que anda na serra.
É a queimada... Que lumaréu!
Podem calcá-lo, deitar-lhe terra,
Que não apagam o lumaréu.

Deixem! Não calquem! Deixem arder.
Se aqui o pisam, rebenta além.
- E se arde tudo? - Isso que tem?
Deitam-lhe fogo, é para arder...

(Camilo Pessanha)

Anónimo disse...

Lágrima de preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

Ass: António Gedeão

Anónimo disse...

Poema da malta das naus

Lancei ao mar um madeiro,
espetei-lhe um pau e um lençol.
Com palpite marinheiro
medi a altura do Sol.

Deu-me o vento de feição,
levou-me ao cabo do mundo.
pelote de vagabundo,
rebotalho de gibão.

Dormi no dorso das vagas,
pasmei na orla das prais
arreneguei, roguei pragas,
mordi peloiros e zagaias.

Chamusquei o pêlo hirsuto,
tive o corpo em chagas vivas,
estalaram-me a gengivas,
apodreci de escorbuto.

Com a mão esquerda benzi-me,
com a direita esganei.
Mil vezes no chão, bati-me,
outras mil me levantei.

Meu riso de dentes podres
ecoou nas sete partidas.
Fundei cidades e vidas,
rompi as arcas e os odres.

Tremi no escuro da selva,
alambique de suores.
Estendi na areia e na relva
mulheres de todas as cores.

Moldei as chaves do mundo
a que outros chamaram seu,
mas quem mergulhou no fundo
do sonho, esse, fui eu.

O meu sabor é diferente.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
nas praias de Portugal.

Ass: António Gedeão

Anónimo disse...

Vós que lá do vosso Império
prometeis um mundo novo,
calai-vos, que pode o povo
qu'rer um Mundo novo a sério.

Que importa perder a vida
em luta contra a traição,
se a Razão mesmo vencida,
não deixa de ser Razão

Uma mosca sem valor
Poisa c'o a mesma alegria
na careca de um doutor
como em qualquer porcaria.

P'ra mentira ser segura
e atingir profundidade
tem de trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.

São parvos, não rias deles,
deixa-os ser, que não são sós:
Às vezes rimos daqueles,
que valem mais do que nós.

Julgando um dever cumprir,
Sem descer no meu critério,
Digo verdades a rir
Aos que me mentem a sério!

Há luta por mil doutrinas.
Se querem que o mundo ande,
Façam das mil pequeninas
Uma só doutrina grande.

Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, sem parecer o que são,
são aquilo que eu pareço.

Sem que discurso eu pedisse,
ele falou, e eu escutei.
Gostei do que ele não disse;
do que disse não gostei.

Morre o rico, dobram sinos;

Morre o pobre, não há dobres...

Que Deus é esse dos padres,

Que não faz caso dos pobres?

O mundo só pode ser
melhor do que até aqui,
quando consigas fazer
mais p'los outros que por tí!

Veste bem, já reparaste?
mas ele próprio ignora
que, por dentro, é um contraste
com o que mostra por fora.

Eu não sei porque razão
certos homens, a meu ver,
quanto mais pequenos são
maiores querem parecer.

Nas quadras que a gente vê,
quase sempre o mais bonito
está guardado pr'a quem lê
o que lá não está escrito.

Vemos gente bem vestida,
No aspecto desassombrada;
São tudo ilusões da vida,
Tudo é miséria dourada.

Os novos que se envaidecem
Pelo muito que querem ser
São frutos bons que apodrecem
Mal começam a nascer.

Para triunfar depressa

cala contigo o que vejas

finge que não te interessa

aquilo que mais desejas.

Os que bons conselhos dão

ás vezes fazem-me rir

por ver que eles mesmos, são

incapazes de os seguir.

Em não tenho vistas largas
Nem grande sabedoria
Mas dão-me as horas amargas
Lições de Filosofia.

Quem nada tem, nada come;
E ao pé de quem tem de comer,
Se alguém disser que tem fome,
Comete um crime, sem querer.

A quadra tem pouco espaço
Mas eu fico satisfeito
Quando numa quadra faço
Alguma coisa com jeito.

Mentiu com habilidade,
fez quantas mentiras quis,
Agora fala verdade,
ninguém crê no que ele diz.

Embora os meus olhos sejam,
os mais pequenos do Mundo
O que importa é que eles vejam
O que os homens são no fundo.

É fácil a qualquer cão
Tirar cordeiros da relva.
Tirar a presa ao leão
É difícil nesta selva.

Quando os Homens se convençam
Que à força nada se faz,
Serão felizes os que pensam
Num mundo de amor e paz.

Tu, que tanto prometeste
enquanto nada podias,
hoje que podes -- esqueceste
tudo o que prometias...

O meu merceeiro é um santo
e há quem diga que ele é mau!
Digo-lhe só: -- dou mais tanto,
já me arranja bacalhau.

Não sou esperto nem bruto
Nem bem nem mal educado;
Sou simplesmente o produto
Do meio em que fui criado.

Quem me vê dirá: não presta,
nem mesmo quando lhe fale,
porque ninguém traz na testa
o selo de quanto vale.

Muito contra o meu desejo,
sem lhe querer dizer porquê,
finjo sempre que não vejo
quem finge que me não vê...

Diz que viver é sofrer ...
concordo. Mas não compreendo
que ninguem ouse dizer
que se aprende sofrendo.

Quantas sedas aí vão,
quantos brancos colarinhos,
são pedacinhos de pão
roubados aos pobrezinhos!

À guerra não ligues meia,
Porque alguns grandes da terra,
Vendo a guerra em terra alheia,
Não querem que acabe a guerra.

Da guerra os grandes culpados
Que espalham a dor da terra,
São os menos acusados
Como culpados da guerra.


Se os homens chegam a ver
Por que razão se consomem,
O homem deixa de ser
O lobo do outro homem.


Por que a vida me empurrou
caí na lama, e então...
tomei-lhe a cor, mas não sou
a lama que muitos são.

Do Grande Algarvio António Aleixo

Anónimo disse...

Isto está muito erudito...
Quaquer dia as assembleias gerais (jantares) da Confraria são acompanhados por música sacra, no salão da biblioteca!!! :):):)
Ass: Um Gajo Qualquer

Anónimo disse...

Verdes são os campos

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

Luís de Camões

Anónimo disse...

Keep up the good work. thnx!
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